"A principal meta da educação é criar homens que sejam capazes de fazer coisas novas, não simplesmente repetir o que outras gerações já fizeram. Homens que sejam criadores, inventores, descobridores. A segunda meta da educação é formar mentes que estejam em condições de criticar, verificar e não aceitar tudo que a elas se propõe."
(Frases e Pensamentos de Jean Piaget)

domingo, 20 de maio de 2012

FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO - D25-5_ED05


 
Fonte: nsaroba.blogspot.com

FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO

        Entendo que filosofia da educação não discorre sobre o fenômeno da educação, mas sim sobre uma reflexão acerca desse fenômeno . Uma das mais importantes funções deste conceito é a análise e classificação de "educação". Ouvimos muito falar de educação. "Educação é direito de todos", "educação é investir no futuro", etc. Mas o que é educação? A educação é realmente fonte de conhecimento? A educação prepara para uma profissão? Estas e uma série de outras perguntas podem ser feitas sobre este assunto. Assim é necessário uma reflexão sobre tudo isso. Filosofia da Educação é o campo da filosofia que reflete, questiona e busca soluções de problemas referente a educação.
        A filosofia e a educação mantém uma relação desde os gregos antigos. Os filósofos gregos, foram os que deram início às discussões sobre a filosofia da educação e que sentido tem no mundo. Viam na educação um meio necessário para o alcance de uma cultura ideal e de uma alma purificada, capaz de elevar o homem ao conhecimento inteligível, apostando na busca de um ideal artístico de cultura. A busca pela educação ideal é representada por Platão na metáfora da “alegoria da caverna”, no momento em que um dos homens presos no fundo de uma caverna consegue se libertar do conhecimento da doxa, enxergando a luz da verdadeira realidade.
        “O caminho da Filosofia, para Platão, era o de conhecer a realidade por conceitos, até perceber que a própria realidade é, ela mesma, o mundo das idéias, dos conceitos puros, ou mais exatamente, das formas puras”(Ghiraldelli, 2001, p.32-33). Na visão platônica, a filosofia deveria transcender a contingência histórica, contribuindo para o processo de esclarecimento da verdadeira sabedoria, na superação das falsas crenças, lançando a idéia de uma educação para a virtude, uma educação perfeita, com a qual o homem se torna culto e erudito.



Referência Bibliográficas

VIERO, Catia Piccolo. FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO A PARTIR DO DIÁLOGO. CE/UFSM. 2004.
GHIRALDELLI, Paulo; PRESTE, Nadja Hermann. Revista – Filosofia, Sociedade e Educação.
Nº I . Marília, São Paulo: UNESP, 1997.

TEORIA DOS DOIS MUNDOS DEFENDIDA POR PLATÃO - D25-5_AVA05



Teoria dos dois mundos defendida por Platão       

       O centro de suas teorias era a de ideias e formas. Platão defendia que nós seres humanos participamos de dois mundos diferentes. O primeiro é o mundo físico no qual experimentamos através de nossos sentidos corporais e através desses sentidos temos contato com o mundo inferior.
        O outro mundo no qual Platão chama de mundo superior ou mundo das formas é composto de essência imaterial e eterna que para ele é o mundo ideal no qual aprendemos com nossas mentes. Ele defendia que o que encontramos no mundo físico são cópias ou exemplos imperfeitos de absolutos imutáveis como bondade, justiça, beleza e verdade. E também acreditava que essas formas do mundo ideal existiriam independente de alguém pensar nelas e que são universais, ou seja, podem estar em várias coisas ao mesmo tempo.
       Para Platão, o mundo concreto percebido pelos sentidos é uma pálida reprodução do mundo das Idéias. Cada objeto concreto que existe participa, junto com todos os outros objetos de sua categoria de uma Idéia perfeita.
       Uma determinada caneta, por exemplo, terá determinados atributos (cor, formato, tamanho etc). Outra caneta terá outros atributos, sendo ela também uma caneta, tanto quanto a outra. Aquilo que faz com que as duas sejam canetas é, para Platão, a Idéia de Caneta, perfeita, que esgota todas as possibilidades de ser caneta. A ontologia de Platão diz, então, que algo é na medida em que participa da Idéia desse objeto. No caso da caneta é irrelevante, mas o foco de Platão são coisas como o ser humano, o bem ou a justiça, por exemplo.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

NETO, Felipe Sabino de Araújo. A TEORIA DAS FORMAS DE PLATÃO. Disponível em: <http://www.monergismo.com/textos/filosofia/teoria-formas-platao_nash.pdf> Acessado em 20/05/2012.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

A TEORIA MAIÊUTICA DE SÓCRATES – D25-5_AVA4




A TEORIA MAIÊUTICA DE SÓCRATES – D25-5_AVA4

Sócrates foi um filósofo grego que viveu entre 470 a 399 a.C. Considerado o mais o mais virtuoso e esclarecido dos filósofos. Dizia que a filosofia levava a dois objetivos: contemplar Deus e subtrair a alma da dominação dos sentidos sendo essa alma segundo ele imortal. Sócrates dizia que praticava a mesma arte de sua mãe que tinha a profissão de parteira. Arte esta chamada de maiêutica que tem a mesma característica das parteiras, mas faz parir os homens e não as mulheres e vigia as almas ao invés dos corpos.
O método socrático consiste em levar o sujeito a descoberta da verdade através de um gama de perguntas, assim mediante a perplexidades a que as respostas vão dando origem e se manifesta no conhecimento da verdade quando se apresenta a alma.
A Maiêutica valoriza assim o diálogo como fator essencial para essa arte. A força do método está então no discurso que necessita está fundamentado na investigação, para que seja estabelecia sua correspondência com os fatos e com o uso preciso das palavras evitando-se a ambiguidade. Através de uma série de perguntas e utilizando de ironia, Sócrates tentava demonstrar a fraqueza das respostas do interlocutor, mostrando assim as falhas encontradas naquele ponto de vista. Seu objetivo era auxiliar o individuo a chegar ao conhecimento verdadeiro através deste método.
Mesmo não deixando nada escrito, Sócrates com este método provocou uma grande revolução na filosofia que foi posteriormente aproveitada por Platão e Xenofonte que deixaram possível a julgar a base e a forma de sua filosofia.

Referência

CAVALCANTE, Lourdes Maria Rodrigues. A MAIÊUTICA DE SÓCRATES.
Disponível em: < http://www.sca.org.br/artigos/MaieuticaSocrates.pdf> Acesso em 10/05/12.

Método “Pedagogizador” e a prática educacional voltada para intersubjetividade - D25-5_AVA03


Método “Pedagogizador” e a prática educacional voltada para intersubjetividade - D25-5_AVA03 

Foucault defendia um tipo de sociedade que, desde fins do século XVIII, vem reforçando práticas que distribuem saber e poder por todo o corpo social, especialmente por instituições em que o indivíduo precisa ser curado, examinado, treinado, exercer ofícios. Entre as desvantagens deste modelo em questão, proveniente da sociedade moderna tecnicizada, está o indivíduo treinado, pedagogizado. Assim, a escola é identificada como operador de pedagogização, reunindo a capacidade de habilitar com recursos educacionais básicos a criança e o jovem, fornecendo os mecanismos e instrumentos pedagógicos que asseguram obediência, responsabilidade, prontidão, docilidade, adaptabilidade.

            Podemos dar como exemplo característico deste método: a fila dos alunos, as carteiras também em fila, as atividades repetitivas, o treino de caligrafia, a punição pelo menor desvio de conduta, a vigilância por parte de um mestre ou de um monitor, as provas, os testes de aprendizagem e de recuperação, o treinamento dentro de padrões e normas fixos.


            A “pedagogização” do ensino na sociedade disciplinar e autocrática visa a verdade objetiva da metodologia única, que ensina uma ciência unidimensional, e que se baseia no exame, no teste empírico, na vigilância, na normalização.

A crítica e o rompimento deste modelo sugerem a de construção de uma subjetividade nova numa escola que leve em conta os desafios da modernidade.

O filósofo Habermas propõe um modelo baseado na intersubjetividade, que conduza para a educação, entendida num sentido construtor de subjetividades emancipadas, autônomas e criativas. Chamamos este modelo de “modelo educacional”. Educar é de criar uma sociedade capaz de linguagem e de ação, calcada em razões e argumentações justificadas, legítimas, exigências fundamentais para atender às demandas sociais, culturais, econômicas e éticas da modernidade.

A prática da intersubjetividade, produtora de sujeitos capazes de linguagem e de ação, com opinião e vontade formadas de modo a possibilitar liberdade comunicativa, calcada em razões e argumentações justificadas, legítimas, são os pressupostos de qualquer sociedade democrática, essenciais à educação.



Referência Bibliográfica



ARAUJO, Inês Lacerda. Foucault e a crítica do sujeito. Curitiba: Editora da UFPR, 2000.



______. Vida e Educação. São Paulo: Abril Cultural, 1980.


HABERMAS, Jürgen. Direito e democracia, entre facticidade e validade. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1997.



sexta-feira, 4 de maio de 2012

FILOSOFIA MODERNA D25-5_ED04


Filosofia moderna é toda a filosofia que se desenvolveu durante os séculos XV, XVI, XVII, XVIII, XIX; começando pelo Renascimento e se estendendo até meados do século XX, mas a filosofia desenvolvida dentro desse período está fragmentada em vários subtópicos, e escolas de diferentes períodos, tais como:

         Filosofia da Renascença

         Filosofia do século XVII

         Filosofia do século XVIII

         Filosofia do século XIX

Na modernidade passou-se a delinear melhor os limites do estudo filosófico. Inicialmente, como atestam os subtítulos de obras tais como as Meditações de René Descartes e o Tratado de George Berkeley, ainda se fazia referência a questões tais como a da prova da existência de Deus e da existência e imortalidade da alma. Do mesmo modo, os filósofos do início da modernidade ainda pareciam conceber suas teorias filosóficas ou como fornecendo algum tipo de fundamento para uma determinada concepção científica (caso de Descartes), ou bem como um trabalho de "faxina” necessário para preparar o terreno para a ciência tomar seu rumo (caso de John Locke), ou ainda como competindo com determinada conclusão ou método científico (caso de Berkeley, em The Analyst, no qual ele criticou o cálculo newtoniano-leibniziano – mais especificamente, à noção de infinitesimal – e de David Hume com o tratamento matemático do espaço e do tempo).

Gradualmente, a filosofia moderna foi deixando de se voltar ao objetivo de aumentar o conhecimento material, de buscar a descoberta de novas verdades – isso é assunto para a ciência – bem como de justificar as crenças religiosas racionalmente.

Em obras posteriores, especialmente a de Immanuel Kant, a filosofia claramente passa a ser encarada antes como uma atividade de clarificação das próprias condições do conhecimento humano: começava assim a chamada "virada epistemológica".

A FILOSOFIA DE RENÉ DESCARTES

Notabilizou-se, sobretudo por seu trabalho revolucionário na filosofia e na ciência, mas também obteve reconhecimento matemático por sugerir a fusão da álgebra com a geometria - fato que gerou a geometria analítica e o sistema de coordenadas que hoje leva o seu nome. Por fim, ele foi uma das figuras-chave na Revolução Científica.

Descartes, por vezes chamado de "o fundador da filosofia moderna" e o "pai da matemática moderna", é considerado um dos pensadores mais importantes e influentes da História do Pensamento Ocidental. Inspirou contemporâneos e várias gerações de filósofos posteriores; boa parte da filosofia escrita a partir de então foi uma reação às suas obras ou a autores supostamente influenciados por ele. Muitos especialistas afirmam que a partir de Descartes inaugurou-se o racionalismo da Idade Moderna.



quinta-feira, 3 de maio de 2012

RACIONALISMO, EMPIRISMO E CRITICISMO - D25-5_ED03


RACIONALISMO, EMPIRISMO E CRITICISMO

       No Racionalismo acredita-se que o ser humano ao nascer já possui ideias inatas, ou seja, ideias pré-concebidas. É uma linha de pensamento em que considera a razão o caminho para o conhecimento verdadeiro.
       O Empirismo defende que o conhecimento provém exclusivamente das sensações dos cinco sentidos (visão, audição, tato, olfato e paladar) e que nascemos como uma folha em branco que vai sendo preenchida através das experiências com estes sentidos. Essa ideia empirista proposta por Francis Bacon, que preconizava uma ciência sustentada pela observação e pela experimentação, utilizando a indução na formulação de suas leis, partindo da consideração dos casos ou eventos particulares para chegar a generalizações, por outro, inaugurando o racionalismo moderno, René Descartes busca na razão os recursos para a recuperação da certeza científica. Assim, Bacon e Descartes propõem dois caminhos diferentes para a busca do conhecimento, o indutivo e o dedutivo e representam os dois polos do esforço pelo conhecimento na idade moderna, o empírico e o racional. (ARANHA; MARTINS, 1992).

       Já para o Criticismo, os racionalistas e empiristas estão em parte certos. Para Kant temos algumas ideias inatas (quantidade, qualidade, espaço-tempo.), mas a informação para dar sentido a essas ideias vem dos dados dos cinco sentidos para assim podermos distinguir o que é melhor. Essas experiências era antes fonte dos dados recebidos pela sensibilidade do homem, mas devidamente organizados por determinados conceitos existentes no conhecimento.

Através deste ponto pode-se ter um ponto de partida para uma reflexão filosófica.



Referências



ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Temas de filosofia. São

Paulo: Moderna, 1992.

BACON, F. Novum organum, aforismos sobre a interpretação da natureza e o reino do

homem. In. Os pensadores. São Paulo: Nova Cultural, 1997.

KANT, I. Crítica da razão pura. São Paulo: Nova Cultural, 1999. Coleção Os Pensadores.



domingo, 29 de abril de 2012

Pensamento Educacional de Platão e Aristóteles D25-5_ED02


Pensamento Educacional de Platão e Aristóteles
A educação grega sofreu grande influência de Platão, discípulo de Sócrates, porém com suas próprias ideias, defendia a teoria de dois mundos, o mundo das ideias e o sensível. Platão afirmava que os homens eram diferentes por natureza, devendo ser colocados em classes que correspondiam às suas diferenças básicas, desenvolvendo então um plano educacional que atenderia a essa necessidade. Nos primeiros dezoito anos da vida, os jovens se dedicariam à Ginástica, à Música e à Literatura, aprenderia a ler, escrever, representar e cantar e tomaria parte em muitos esportes. Aos 18, os rapazes que se mostrassem capazes continuariam a receber instrução, e os demais se tornariam negociantes, mercadores, etc.
Para Platão a educação era uma questão de interesse estatal. Devia ser sustentada e controlada pelo Estado, assim com tal sistema educacional, teria uma sociedade ideal, na qual todos se dedicariam ao trabalho para o qual fossem aptos e estivessem preparados, e a sociedade, assim, seria feliz.
Para Aristóteles o objetivo da educação era fazer as pessoas virtuosas. Existiriam três períodos de treinamento, adaptados aos três períodos do desenvolvimento do homem. O primeiro, que vai do nascimento aos sete anos de idade, seria inteiramente dedicado aos exercícios do corpo, como preparativos para o ensino escolar formal. O segundo seria o do ensino formal, indo dos sete aos vinte e um anos. Consistiria no ensino da Literatura, Música, Ginástica, etc.
Tanto na teoria de Aristóteles, como na de Platão, cabia ao Estado controlar a educação e determinaria quais as crianças que, devido a um defeito físico, devem viver e quais as que devem ser destruídas logo após o nascimento, com quem o homem deveria se casar e deveria empregar a educação para criar cidadãos que possam defendê-lo e torná-lo melhor.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
CHAUÍ, Marilena. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 1996.
S E Frost Jr. O homem e a educação. <http://www.samauma.biz/site/portal/
conteudo/opiniao/e00homem.htm> Acessado em 29/04/2012.